Uma história, uma lição de vida: Lionel Messi



É uma desforra bem pessoal, a história do menino austista aos 8 anos, anão aos 13, que via o mundo a 1,10 metros do solo. É esse mesmo, Lionel Messi, que botou corpo à base de tratamentos hormonais e que, 59 centímetros depois, encanta o mundo do futebol, naquele jeito singular de conduzir a bola colada ao genial pé esquerdo, como se o couro redondo fosse um mano siamês, uma mera extensão corporal, um órgão vital, inseparável.Por muito talento que tivesse, estaria o rapaz consciente do destino glorioso que lhe estava reservado?

Em 2000, sobrevoou o Atlântico para se curar de uma patologia hormonal. Lá na Argentina, na Rosário natal, os prognósticos médicos eram arrasadores: sem tratamento eficaz contra o nanismo, Lionel chegaria à idade adulta com 1,50 metros, no máximo.

Os diagnósticos alarmaram os Messi. E o custo também: mil euros mensais, ou seja, quatro meses de rendimentos da família de La Heras, um bairro pobre de Rosário. Mas o pai de Lionel não se resignou. Sabia que o filho, pequeno no corpo, era gigante no talento. E não aceitou a fatalidade. Nessa altura, o prodígio de dez anos despontava no Newells Boys, fintando meninos com o dobro do tamanho e marcando gols atrás de gols. O pai sugeriu ao clube que pagasse os tratamentos de Lionel. A resposta foi negativa. E o mesmo sucedeu quando os Messi foram bater à porta do grande River Plate.

Na adversidade, a família Messi teve mais força, com a ajuda de uma tia de Lionel, emigrada na Catalunha. E foi assim, em 2000, ainda antes de completar 13 anos, que Lionel e os pais viajaram até Lérida. Dias depois, o pequeno prodígio foi fazer testes no Barcelona. A enorme habilidade maravilhou os treinadores do Barça.

Carles Rexach, diretor do centro de formação do Barcelona, ficou encantado com o prodigiozinho argentino. Ao cabo de dois treinos, não hesitou e logo tratou de arranjar contrato. E ficou espantado com a proposta do pai do craque: o Barça só tinha de lhe pagar os tratamentos que os médicos argentinos sugeriam. Foi dito e feito.

Durante 42 meses, diariamente, Lionel levou injecções de somatropina, hormônio de crescimento inscrito na tabela de produtos proibidos pela Agência Mundial Antidopagem e só autorizada para fins terapêuticos. Em 2003, o medicamento fez de Lionel o que ele é hoje, um rapagão de 1,69 metros!

No Verão de 2004, aos 17 anos e já com contrato profissional, entrou para a equipe B do Barça. Mas fez só cinco jogos, porque aquele enorme talento não cabia no “Miniestadi”. Pedia palcos maiores. E rapidamente começou a jogar no time principal.  Assim começou a lenda.

Alguns anos depois, Messi teve a consagração absoluta. Foi eleito Melhor Jogador do Mundo de 2009, após uma época de sonho, concluída com um feito inédito do Barça “de las seis copas”: campeão de Espanha, da Taça do Rei, da Supertaça Espanhola, da Supertaça Europeia, da Liga dos Campeões e do Mundial de Clubes.

O craque que o Barça contratou pelo custo da terapia de crescimento é, hoje, a maior joia do futebol mundial, segurada por uma cláusula de rescisão de nada menos que 250 milhões de euros! E é, também, o mais bem pago de todos: o menino pobre do bairro de la Heras é, agora, multimilionário, recebendo 33 milhões de euros anuais em salários e publicidade.

“GRANDE LIÇÃO DO PAI QUE NÃO DESISTIU DO SONHO: CURAR O FILHO.”

Não focalizou no problema, mas na solução.

Adaptado da internet.

Musictonic.com


Musictonic é um interessante buscador de vídeos musicais. O diferencial é que, a partir do nome do cantor/cantora/banda, ele monta automaticamente duas playlists: uma com as canções do artista pesquisado e outra por afinidade musical, o que possibilita a ampliação do repertório e conhecimento de novos artistas.
Criado por um web designer de Barcelona, a página funciona bem. As listas são feitas a partir da combinação da Last FM com o Youtube.
Mais um ponto positivo é a possibilidade de encontrar, inclusive, grupos e cantores menos conhecidos que geralmente não compõem as relações dos sites mais conhecidos da internet.

Confira você também!

Santos Inocentes

No dia 28 de dezembro, na Igreja da Santíssima, comunidades, irmandades, e congregações se reúnem mais uma vez para a Celebração Eucarística dos Santos Inocentes.

A Missa dos Santos Inocentes é uma celebração pelas crianças, adolescentes e jovens assassinados na periferia de Salvador-Bahia. Há 10 anos vem sendo presidida pelo Bispo D. Geraldo Majella. A celebração tem por objetivo anunciar a vida e denunciar as práticas herodianas que espalham o terror em nossa cidade, ferindo violentamente tantas crianças, adolescentes, jovens e suas famílias.

O texto bíblico que fundamenta a celebração é Mateus 2, 13-18. Nessa passagem bíblica, o grande objetivo de Herodes era matar Jesus, por medo de que o garoto, no futuro, tomasse o seu lugar. O texto lembra a matança provocada pelos Herodes da atualidade, já que tantas crianças, adolescentes e jovens inocentes estão sendo mortas de forma injusta. A cultura de morte está presente em nossa sociedade. Crianças vivendo nas ruas, adolescentes nas sinaleiras, jovens vítimas de balas perdidas e alvo de traficantes. Percebemos também que a morte está presente no sistema: deputados querem diminuir a maioridade penal, falta estrutura no sistema de garantia de direitos da Criança e Adolescente, os orçamentos públicos não prevêem nada ou quantias insignificantes para infância e adolescência.

A missa dos Santos Inocentes é um convite a todos que acreditam na cultura de PAZ.
Como forma de materializar a cultura de paz, cartazes produzidos por crianças e adolescentes serão expostos na entrada da Igreja da Trindade.
Celebração dos Santos Inocentes

Quando: 28 de dezembro de 2010, às 09h.

Onde: Igreja da Santíssima Trindade, s/n – Água de Meninos.

Presidente da celebração: Dom Geraldo Majella Agnelo

And the winner is…


O MinC divulgou a diversificada lista dos 23 filmes brasileiros inscritos para representar o Brasil no Oscar 2011, categoria melhor filme estrangeiro.

Participe você também da votação pública que ajudará a Comissão na escolha do filme vencedor!

O resultado está previsto para dia 23 de setembro, na Cinemateca Brasileira, em Sampa.

Dicas do bom Português!

Dica do dia para escrever bem:

* “Faz” ou “Fazem” cinco anos? Fazer, quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 dias.

* “Mau” ou “Mal”?
Mal opõe-se a bem e mau, a bom. Assim: mau cheiro (bom cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar.

Cadê o editor?

Geeeente… Cadê o editor do Correio? Cochilou, foi?!

Como deixa passar uma dessa?

Polvo Paul: 100%

Tudo bem, a Espanha levou o título, mas se o quesito for palpite, o Polvo Paul foi o grande campeão da Copa do Mundo.

Polvo Paul escolhe Espanha

Com 100% de acerto, o polvo profeta que vive na Alemanha ficou superfamoso e virou motivo de brincadeiras até entre ministros espanhois. Eles alertam sobre o perigo que Paul pode estar correndo agora!

Confira o vídeo do Polvo em ação sobre a final do Mundial!

Sonhou com a presidência e caiu da cama

Mão na cabeçaE agora, Ciro?

Fora da corrida presidencial, Ciro Gomes já chamou a decisão do seu partido de “erro tático”. Num jogo onde tudo depende de tudo, vejamos como a irritação do ex-futuro-presidenciável vai intervir em suas alianças.

Serra distribui beijos em Alagoinhas e Feira

Essa semana, dia 27 de abril, o candidato à presidência, José Serra, esteve mais uma vez na Bahia (agora nos municípios de Alagoinhas e Feira de Santana) de olho no filão nordestino.

Cheio de humor, distribuiu simpatia e beijos, tomou cafezinho em uma lanchonete e minguau em uma barraca.

Partiu para o corpo a corpo para não perder a Bahia ‘dilmavez’.

Empresário quer ver Dourado fora do BBB

José Antônio Mello é o nome do empresário de 39 anos que resolveu fazer uma campanha prometendo dinheiro para quem ajudar a tirar o participante Marcelo Dourado do programa global Big Brother Brasil que está em sua 10ª edição. “Tenho R$ 50.000,00 para distribuir com vocês caso consigamos tirar o Dourado nesta terça-feira!!!!”, afirma o blogueiro na sua página.

Indignado com a participação do lutador, ele aponta as polêmicas criadas por Dourado dentro do programa e convida “Vamos juntos tirar esse câncer da televisão!”.

Ontem, durante a exibição do Big Brother, o apresentador Pedro Bial brincou dizendo que “Quem aposta come bosta”, mas apostou que essa seria a maior votação para eliminação no BBB 10. Será?

Se for por vontade de José Mello pode não ter o maior número de votos, mas todos eles serão para o ‘machista-metido-a-brigão’ que está morrendo de vontade de esbofetear uma das suas oponentes no programa, Marcelo Dourado.

Chuvas castigam Salvador

Foto arquivo A Tarde

Quem vive no nordeste brasileiro costuma pedir que a chuva venha para abrandar o calor e molhar as plantações. E ela geralmente vem no terceiro mês do ano: são as chamadas águas de março. Entretanto, em 2009, ocorreu um fenômeno atípico. Os baianos ficaram praticamente sem chuvas durante esse período. Já o mês de maio, foi marcado por muita chuva e ventos fortes. Salvador, capital da Bahia, revelou o lado frágil de uma cidade que não está preparada para enfrentar índices pluviométricos tão altos. Choveu muito mais do que o normal para esta época do ano, e as consequências foram lastimáveis.

A princípio, o trânsito ficou complicado. Em seguida, foram verificados congestionamentos intermináveis nas principais avenidas. Quedas de árvores anunciavam que a chuva não daria trégua. O clima de caos tomou conta da capital baiana. Os alagamentos nas principais ruas passaram a ser constantes. A situação foi agravada com os deslizamentos de terra e desabamentos de imóveis construídos em morros ou perto deles. Moradores passavam horas tentando recuperar objetos em meio aos escombros: perdas materiais. Pessoas foram arrastadas pela força das águas e seus corpos foram encontrados dias depois, a quilômetros de distância. Homens ficaram soterrados. Mortes: perdas irrecuperáveis.

Diante dos estragos, no começo do mês de maio, o governador da Bahia, Jaques Wagner, decretou estado de emergência em Salvador e cidades próximas. Desde o início das chuvas, quase 10 mil pessoas ficaram sem casa. Paredes racharam e tetos caíram, soterrando histórias, lembranças, brinquedos, livros, móveis e eletrodomésticos. Entre as vítimas do que pareceu um verdadeiro dilúvio, estão centenas de crianças. Agora, elas estão em novas moradas, em abrigos ou vivendo com parentes.

A prefeitura contribui com pouco. Uma espécie de ajuda para o aluguel de outro imóvel no valor de R$150. Com dificuldades, as famílias vitimadas tentam conseguir outro lugar para se abrigar.

Retomar a vida e reacender as chamas da esperança é o desafio que se coloca para o povo. Não bastasse a árdua vida, a tarefa agora é reconstruir a história com o que ficou debaixo dos escombros.

Em meio a tanto sofrimento, lições de solidariedade e de amor ao próximo são demonstradas através de gestos simples: colchões, lençóis, alimentos e roupas são partilhados entre vizinhos. Salvador, terra da alegria, se entristece e segue na espera ansiosa por dias melhores.

Punhetinha seca ou molhada?

Calma aí! Não é nada disso que você está pensando. Perguntar se a punhetinha é seca ou molhada não se trata de uma pergunta indecente. Quer testar? Pergunte a uma baiana de acarajé autêntica quanto custa a punheta.

 

Seca quando é pura e molhada se estiver envolvida em açúcar e canela. Presente nos tradicionais tabuleiros da cidade, esse manjar é essencialmente feito de tapioca e coco.

Ninguém melhor que Jorge Amado (1912 – 2001) para exemplificar o uso dessa palavra. “Como é mesmo tia Romélia? E tu não sabe menina? Olha que tu sabe muito bem, o nome é punheta, bolinho de estudante é pronúncia de besta!”, assim  confirma o autor baiano no livro O Sumiço da Santa.

Punheta ou punhetinha, o termo foi utilizado por muito tempo para designar uma das mais saborosas iguarias baianas. O atual bolinho de estudante recebe esse nome devido aos ingredientes simples e de baixo custo.

O antropólogo Luís da Câmara Cascudo (1898 – 1986) relaciona o binômio estômago e sexo. Para ele, a fome e o amor governam o mundo. Essa seria uma possível explicação para o bolinho ser conhecido como punheta. E em seu livro História da Alimentação no Brasil ainda lembra que o sexo pode ser adiado, já a fome não.

Agora que você já conhece essa maravilha da culinária nordestina, confira a receita do quitute que seduziu até Tony Blair, ex-primeiro ministro da Inglaterra, em sua visita ao Brasil.

 

Punhetinha ou Bolinho de Estudante – Receita                                          

 

Ingredientes:

 

· 500g de tapioca de caroço + 50g para passar os bolinhos antes de fritar

· 2 cocos grandes (descascados)

· 1 colher (chá) de sal

· 1 xícara de açúcar

· 4 copos de água morna

· óleo

· açúcar e canela (opcional)

 

Modo de preparo:

 

Bata o coco no liquidificador com a água.

Coloque o coco batido em um recipiente e tempere com sal e açúcar.

Acrescente a tapioca de caroço e deixe inchar.

Molde os bolinhos e passe na tapioca de caroço seca.

Frite-os em óleo quente até ficarem dourados.

Não deixe de escorrê-los em papel absorvente.

Se desejar, passe-os em uma mistura de açúcar e canela.

 

Está pronto para servir. É tudo de bom!

 

*Texto meu, extraído (e adaptado) da Troupe em Revista de fevereiro de 2009.

Última semana para inscrição nos editais inéditos de rádio e TV

A Secretaria de Cultura e o Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia lançaram três editais inéditos, cujo prazo de inscrições encerra-se no próximo dia 31 de outubro. A produção radiofônica foi contemplada com dois editais de apoio. O terceiro edital irá fomentar a criação de programas-piloto para a televisão. No total, a premiação distribuirá até R$ 440 mil em recursos financeiros oriundos do Fundo de Cultura.

Os dois editais de rádio (Apoio à Produção de Programas Infantis e Apoio à Produção de Programa Radiofônico de Radionovela), que somam R$ 190 mil em prêmios, tem por objetivo estimular a produção independente e valorizar temas e personagens históricos, além de diversificar a programação da Rádio Educadora FM 107.5.

Os projetos de radionovela deverão contemplar quatro temas: Outras Histórias do 2 de Julho – Maria Felipa, a Heroína Esquecida, Bimba e Pastinha – Histórias Pitorescas da Capoeira na Bahia, Cosme de Farias e sua Participação na Vida Social e Política da Cidade do Salvador e A Música e o Cordel do Recôncavo Baiano no Início do Século 20  –  Assis Valente e Cuíca de Santo Amaro.

Televisão – Já o edital de Apoio à  Produção de Obras Audiovisuais na Forma de Programa-Piloto para Televisão selecionará, pelo menos, cinco obras audiovisuais inéditas, com duração de 26 minutos ou 52 minutos, até o valor máximo individual de R$ 50 mil. Os editais completos, com as especificações e os formulários de inscrição, estão disponíveis nos sites da secretaria e do IRDEB.

Luto no cinema

Ator, diretor, roteirista e um dos maiores galãs que Hollywood já viu. Faleceu na última sexta-feira (26/9), vitíma de câncer, Paul Newman, o astro de filmes como Butch Cassidy and the Sundance Kid, ao lado de Robert Redford.

Mais uma grande perda para o cinema.

Festival de Música Educadora FM tem votação pela internet

O VI Festival de Música Educadora FM acaba de chegar à etapa da
votação popular. Os ouvintes já podem acessar o site da Educadora FM
107.5 e escolher a música de sua preferência
ou dar mais uma conferida nas candidatas antes de fazer a aposta. No
endereço eletrônico da rádio, é possível ouvir, de qualquer parte do
mundo, as 50 músicas pré-selecionadas.

Para participar da votação, basta fazer um cadastro com dados
pessoais. “O sistema garante a segurança do resultado final, pois
evita que a pessoa repita o voto em uma mesma música”, garante Alex de
Oliveira, webmaster do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia
(Irdeb).

Os participantes têm muito a ganhar com o Festival. “O primeiro ganho
é a veiculação das músicas e do nome dos artistas; o segundo, a
participação em um CD que certifica a qualidade da gravação; e por
fim, a possibilidade de ganhar um dos prêmios em dinheiro”, explica o
coordenador do VI Festival de Música Educadora FM, Tom Tavares.

O Festival busca incentivar e premiar a produção musical baiana de
qualidade que não tem espaço nas rádios comerciais. As 50 músicas
pré-selecionadas estarão ainda na programação da Educadora FM até 17
de outubro, data de encerramento da votação. O processo de votação por
telefone, que começou no final do mês de julho, já recebeu cerca de
700 votos e continua ativo através do telefone 3116 7407. Não se
esqueça: para acessar a votação virtual e participar, basta entrar no
endereço eletrônico.

Levi Vasconcelos: longe de retratação

Apesar da demora em trazer mais notícias que envolvem o secretário Márcio Meirelles e o colunista do jornal A Tarde, Levi Vasconcelos, segue a reprodução do que foi publicado na coluna “Tempo presente”, três dias após a primeira nota (tema do post anterior).

Tudo em casa

Sobre a nota Namoro pára o trânsito, publicada sábado, dizendo que o secretário Márcio Meirelles trocava carícias no carro oficial na entrada do Passeio Público, ele esclarece: a mulher em apreço é a esposa dele (12 anos de casados), a coreógrafa Cristina Castro, de quem se despedia após almoço com os responsáveis pela implantação das Câmaras Temáticas para a reabilitação do Centro Antigo.

Portanto, nenhum uso indevido de carro oficial.

Não encontrei nenhum outro registro sobre o tema em edições posteriores.

Resta a dúvida: foi mesmo uma barrigada, irresponsabilidade jornalística ou simplesmente “difamação”, como sugere o próprio secretário da cultura? Um fato é inegável, a “errata” de Vasconcelos passou longe de uma retratação à altura da carta do cidadão Márcio Meirelles.

Deixem seus comentários!

Confira notícia relacionada.

Falta de apuração resulta em barrigada

A falta de apuração do fato é uma das maiores causadoras das famosas barrigadas do jornalismo.

“Barrigada” é um jargão jornalístico que significa erro, informação errada.

A coluna Tempo Presente – assinada por Levi Vasconcelos –  do A Tarde protagonizou recentemente uma “barrigada” com a publicação de uma nota que envolvia o secretário de cultura Márcio Meirelles.

Para quem não viu a nota do A Tarde, segue a reprodução:

Namoro pára o trânsito

Uma cena inusitada chamou a atenção de quem passava anteontem, por volta das 2 horas da tarde, pelas imediações do Palácio da Aclamação, na Av. Sete, Centro de Salvador. O secretário Márcio Meirelles (Cultura), de paletó e gravata, acariciava candidamente o rosto de uma bela morena, estilo tropical, bem próximo ao portão de entrada do Jardim do Passeio Público. Tudo bem. O que não dá para entender é parar o trânsito para isso. E num carro oficial.

E agora, como fica? Bem… O jornal ainda não se pronunciou, mas sabe-se que Meirelles já encaminhou uma carta em resposta à direção do jornal.
Isso se chama “Direito de resposta”.

Seguem alguns trechos da carta* :

“Os poderes trazem responsabilidade. E o poder de um jornal é o de construir uma sociedade mais justa através da informação, da difusão de opiniões, do questionamento, da cobrança, da reflexão. Não acredito que a nota “Namoro pára o trânsito”, publicada no último sábado (2/08), na coluna Tempo Presente, seja veículo de nada disso.

Imagino que quem a escreveu deve ter se divertido com o fato. Mas a nota constrangeu uma família, desrespeitou uma mulher, difamou um homem sério. Esses valores têm sido negligenciados e banalizados nestes tempos que correm. Tempos em que nos queixamos da violência sem percebermos que violência é exatamente a destruição de valores.

Alguém que tem o privilégio de escrever em um jornal deve ser minimamente informado.  Logo, devo deduzir que a referida nota tinha a intenção de atacar um homem público, casado, sugerindo que um carro oficial estava sendo usado para encontros amorosos. Acontece que a “bela morena, estilo tropical”, a qual o colunista se refere, de forma preconceituosa, é minha mulher, com quem sou casado há doze anos, e a quem convidei para um almoço com os responsáveis por um momento importantíssimo e feliz, a implantação das Câmaras Temáticas para reabilitação do Centro Antigo.

Quis partilhar esse momento com minha companheira, a coreógrafa Cristina Castro, que também é uma artista e personalidade pública. Despedia-me, depois do almoço, antes de entrar no carro para ir trabalhar, às duas horas da tarde, em frente ao Passeio Público, no local onde carros e táxis costumam parar para que pessoas entrem ou saiam daquele jardim, por uma fração de tempo mínima, necessária para que eu me despedisse, tocando o rosto de Cristina, e saísse rumo ao meu trabalho.

Qual o propósito da nota apressada e difamatória? Informar à população que o secretário de Cultura usa o carro oficial indevidamente? Seria importante, se fosse verdade. Mas como informação apressada, desqualifica o informante, desacredita a imprensa. E o que gerou? O constrangimento da minha família e amigos. O desrespeito a uma artista, ao colocá-la no anonimato de adjetivos com nuances de preconceito machista, e a uma mulher, por promover sua exposição como esposa traída por ela mesma. Além da difamação de alguém que tem princípios, como os senhores sabem, por me conhecerem há muito tempo – e é justamente por esse motivo que os escolhi como destinatários desta carta. E porque acredito que os meios de comunicação não podem deixar de ser um serviço de utilidade pública, um instrumento de construção, para se tornar um veículo de ataques pessoais.”

Agora, vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos.

* Para acessar o arquivo com a carta completa clique aqui.

Cine Cult no shopping

da internet

Por: Maiara Bonfim

Sempre elogiados pela crítica, mas geralmente de público restrito, os filmes denominados cult costumam ser exibidos apenas em cinemas menores, como a Sala Alexandre Robato, Walter da Silveira, e naquelas pertencentes ao Grupo Sala de Arte. Certo? Errado! E é aí que está a novidade.

Representada em Salvador pelas salas no Salvador Shopping, a rede Cinemark exibe um filme de padrões estético-culturais relevantes por semana: é a Sessão Cine Cult. Essa é uma iniciativa do Cine Vídeo Educação em parceria com o Cinemark.

A promoção surge como forma de oferecer aos moradores da capital baiana uma programação alternativa, com a mesma qualidade de exibição dos cinemas da Rede Cinemark em todo o Brasil.

O objetivo é projetar o cinema nacional e estrangeiro de qualidade e com pouco espaço nos cinemas e na mídia. Na programação, filmes asiáticos, europeus, latino-americanos, além do cinema nacional de ficção e documental. A Sessão Cine Cult já acontece em onze cidades do Brasil.

Sessões diárias sempre às 15h10.

Ingressos: R$ 4.00 (inteira) e R$ 2,00 (meia)

Cine Cult Salvador no Orkut

Domingo à noite também tem festa em Salvador

por Maiara Bonfim

A banda de axé “Cadê a Parafina?!” faz shows todos os domingos a partir das sete da noite no Bohemia Music Bar.

Gustavo Rigaud é o vocalista do grupo que já tem três Cd’s lançados. O primeiro é o Cd autoral, só com músicas do próprio Gustavo. E os outros dois Cd’s trazem algumas músicas da banda e interpretações de canções que o público já conhece.

Os ícones da Axé Music, como Asa de Águia, Jammil e uma noites e Chiclete com Banana não faltam no repertório do show. Mas não pense que só rola axé a noite inteira. Canções de outros artistas, como o cantor Gilberto Gil e a banda Natiruts, completam a mistura de ritmos.

O Bohemia fica no Jardim Brasil, Barra. Os ingressos custam dez reais para as mulheres e quinze reais para os homens.

Confira o som da “Parafina?!” interpretando a música SIMBORA no Bohemia Music Bar.

Biblioteca Pública do Estado ganha consulta via internet

internet

A primeira biblioteca pública do Brasil e da América Latina inaugurou, essa semana, um novo e moderno serviço para comemorar o aniversário de cento e noventa e sete anos de existência.

A partir de agora todo o acervo, composto por cento e vinte mil livros está disponível para consulta via internet.

Além da Biblioteca Pública dos Barris, as outras cinco bibliotecas públicas de Salvador, gerenciadas pela Fundação Pedro Calmon e Secretaria de Cultura, também serão beneficiadas pelo novo programa.
O acesso à disponibilidade das publicações pede ser feita no site da Fundação Pedro Calmon.

Para lembrar sempre

O primeiro longa-metragem de Edgard Navarro recebeu sete prêmios no Festival de Brasília – entre eles o de melhor filme – e foi selecionado para dois festivais no exterior. Ainda assim, não foi muito assistido e para melhorar essa situação é lançado agora em DVD para todo mundo lembrar sempre que quiser.

do site oficial

 O longa “EU ME LEMBRO”, de Edgard Navarro, foi disponibilizado para a compra desde ontem, dia de São Jorge – o santo guerreiro – como faz questão de ressaltar o cineasta em e-mail enviado a uma lista virtual de discussão sobre cinema. A aquisição pode ser feita em lojas especializadas.

Propaganda de filme brasileiro só se for da Globo Filmes, recheado de atores globais. Produções baianas, essas aí nem têm espaço. A divulgação fica mesmo por conta do boca-boca e da internet – onde os espectadores clamam por informações. “Acho importante divulgar porque tem muita gente pelo Brasil afora que nem fica sabendo da existência dos filmes, pela falta de um sistema eficiente de divulgação em massa do produto, o que tem sido nosso calcanhar de Aquiles”, explica Navarro, desejando que agora a película possa ser vista por um maior número de pessoas.

NOVIDADE – Essa notícia vai agradar os fãs e estudiosos de cinema. Além do making of, e o conteúdo de praxe nos extras, como trilha sonora e entrevistas, o DVD possui ainda o roteiro do filme disponível para download em duas versões: antes e depois da realização do filme.

O FILME – “EU ME LEMBRO” narra a infância, a adolescência e as descobertas de Guiga, um rapaz nascido em Salvador, num típico lar católico de classe média, que vivencia o Brasil em transformação nos anos JK, a revolução sexual, a descoberta dos alucinógenos e os dias de chumbo da ditadura. O primeiro amor, as perdas pessoais, a dúvida sobre os horizontes profissionais e todos os desafios do seu particular e ao mesmo tempo coletivo processo de autoconhecimento e afirmação no mundo.

 
FICHA TÉCNICA
DVD: Eu me lembro
Produção: Truq Cine TV
Direção: Edgard Navarro
Distribuição: Videofilmes
Preço: R$49,90 (em média)

Google aplica pegadinha de 1º de abril

internetinternetinternetPara quem não sabe, é importante ficar esperto com o Google no “fool’s day”.
A empresa costuma criar notícias mirabolantes e falsas todo ano no dia 1º de abril.
A última foi essa semana.  Primeiro, o site de relacionamentos Orkut virou, temporariamente, Yogurt. Para quem acessou sua página na terça-feira, a súbita mudança pôde ser conferida.

Depois, foi a vez do anúncio de uma empresa com sede em Marte. O tal empreendimento tinha marca e até site oficial. A Virgle era, supostamente, uma união entre duas grandes empresas, a Virgin e a Google.

internet

A notícia era assinada pelo presidente da Virgin, Richard Branson. Um vídeo no Youtube, divulgado por um perfil chamado “projectvirgle” e estrelado por Richard Branson varria suspeitas.

A brincadeira serve como alerta de que nem tudo que está na internet é verdade!

Mas uma coisa é verdade absoluta, a Google está comprando (ou associando-se) ao universo. Orkut, Youtube, Virgin e por aí vai… Até Marte.

Ovos quebrados

ovooooo.jpg

Pronto. Passou mais uma fase histérica do incentivo ao consumo. A Páscoa acabou e restaram apenas ovos quebrados em todas as lojas. Quer estejam nessas condições pela falta de cuidado no ato de manusear, quer pela maldade das pessoas; os preços são os mesmos. Nem mesmo um centavo a menos. Mas quem pagará aquele valor por uma pequena quantidade – estraçalhada – de chocolate por estar dentro de uma embalagem de ovo?

Aliás, quem ainda compra ovos de chocolate para comer e presentear no período da Páscoa, com os preços cada vez mais exorbitantes que eles apresentam? Quando comparados preço e quantidade dos ovos e das barras, ou até das caixas de chocolate percebemos quanta exploração há por conta de um símbolo inventado pela máquina do CONSUMISMO! Tudo bem, é possível entender aqueles que têm filhos pequenos, mas é importante já ir alertando…

Agora é esperar a decoração de São João e as novas propagandas que já estão a caminho, afinal, as compras não podem parar!

Arrasta-pé em ritmo de axé

montagem com logos
 

O clima do verão vai acabando e todos recomeçam suas atividades. Faculdade, cursos, trabalho. Nada de farras todos os dias até o amanhecer.

Já foi encerrada a temporada dos ensaios. As micaretas vão acalmando e ficando espaçadas. O axé vai, aos poucos, baixando o volume, apesar de nunca ser completamente desligado na terra da alegria momesca.

O ritmo vai mudando. Novos instrumentos vão sonorizando desde as casas de shows até os MP3 que fazem a cabeça da galera. Agora é a hora do forró entrar em cena, e assim começam as programações para a festa de São João. As excursões para os interiores baianos ganham espaço nas propagandas.

O detalhe é que a sanfona do fole furado do mestre Gonzagão, definitivamente, não é a atração arrasta-povo da juventude soteropolitana. É o axé que continua atraindo esse público. Nada de saias de chita ou calças quadriculadas cheias de remendos como pinta o estereótipo da festa. Isso tudo é trocado pelo já costumeiro abadá.

O Asa de Águia comanda o “Forró do Piu-Piu” em Amargosa; o Jammil é o destaque do “Forró do Sfrega”, em Senhor do Bonfim e no “Forró do Bosque”, em Cruz das Almas – cidade conhecida pela famosa guerra de espadas – a promessa da presença da banda Chiclete com Banana.

Quem deseja participar dessas festas fechadas deve estar disposto a pagar, em média, R$100 por cada dia; além das despesas com transporte, hospedagem e alimentação.

A peculiaridade são as vibrações emanadas pela festa junina, que modificam até o comportamento daqueles que de repente viram forrozeiros – axezeiros de plantão. No hit dos relacionamentos, nada de “a fila andou…”, ou “sou guerreiro, tô solteiro…”. Mesmo com a invasão do axé music, o friozinho do interior é propício para dançar coladinho. Sendo assim, começam a engatar (ou quem sabe reatar?) os namoros, talvez com a mesma agilidade com que terminaram semanas antes do carnaval.

O nome dele não é Johnny

banner do filme

Mais um filme brasileiro. Mais um filme com Selton Mello. Mais um filme com atores globais. Mais um filme que fala sobre as drogas. Mais um filme baseado em fatos reais.

Com toda essa “igualdade” Meu nome não é Johnny traz novas perspectivas.

O traficante não é negro, não é órfão e não é pobre. A droga agora não está no morro. Não aparecem tantas armas. Não há crianças servindo ao tráfico. Não há quadrilha. Não há um cara que enriquece com a venda de drogas.

O longa conta a trajetória de João Estrella, um carioca sem limites que se tornou um grande traficante de cocaína da zona sul do Rio.

A história é recente e conhecida pela maioria dos espectadores que já viram o verdadeiro João por aí pela mídia dando entrevista e contando sobre as novas empreitadas com o lançamento de um CD de pop romântico. Saber mais ou menos como vai ser o final do filme não tira o mérito da produção. É a maneira como o filme é contado e também o trabalho de atores como Selton Mello e Cássia Kiss que abrilhantam o filme e estão levando o público aos cinemas.

Mais um filme brasileiro que acerta na medida.

Para quem não sabe, a história de João Estrella, antes do filme dirigido por Mauro Lima, já havia sido contada pelo jornalista Guilherme Fiúza no livro que leva o mesmo título do filme.

Confira ainda o making of!

Ano Novo

Praia - SSA/BA
Que 2008 venha cheio de realizações,
De boas vibrações,
De boas notícias,
De novidades,
De surpresas,
De alegrias,
De Paz!
Beijos!!!

Mérito Natalino

papai noel 

Os empresários incentivam única e exclusivamente o consumo. Quanto maior, melhor, pois influenciará diretamente nos lucros dos estabelecimentos.

Não importam quais são os valores que devem ser recordados a cada final de ano, não importa o que representa, para a igreja, o período natalino. O sentido da celebração já não é ensinado.

Nos shoppings, desde novembro já se pode ver toda a decoração pronta. O cenário é composto por renas, trenós, estrelinhas, árvores, luzes piscando, o bom e velho Noel com sua longa barba artificial e muita neve. Neve sim! Sem ao menos ser questionada, já que na Bahia não temos nem sinal dela.

O presépio com a imagem do menino Jesus, Maria, José e os reis magos estão lá atrás ou no outro piso, escondidinhos e sem nenhum destaque. Não têm importância para os “marketeiros”. Não incentivam às compras, afinal não cabem muitas sacolas em uma manjedoura.

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Quero ser…

Por: Maiara Bonfim

Quando eu crescer quero ser uma grande jornalista. Jornalista sim. Desde pequenininha esse universo me parece tão familiar que dou “boa noite” ao Bonner no final do jornal como se ele fosse meu colega.

bonnerbonnerbonner

O jornal impresso também tem uma marca forte em minha vida: ensinou-me a ler bonito, com entonação e voz empostada. Além dos livros e todas as atividades escolares que fazia, minha mãe me colocava sentada ao seu lado, com uma pilha de papéis de todos os tipos na nossa frente e me entregava a imensa página de jornal que eu iria ler em voz alta. Então, começavam as perguntas para saber se e estava prestando atenção mesmo. Não podia errar nenhuma resposta ou voltava ao começo do texto.

Para chegar a ser uma grande jornalista ainda tenho que devorar, pelo menos, uns mil livros. Quando eu digo isso não me inspiro em Fátimas, Glórias, e Lilians, pois já me contaram que elas têm uma “pesca” onde lêem tudo aquilo que falam na TV. Minha inspiração real vem de umas amigas da minha irmã mais velha que são professoras-jornalistas. Nossa! São tão inteligentes! Sabem tanto de tantas coisas… Não sei como conseguem. Devem ter um tipo de porção mágica que triplica as vinte e quatro horas do dia delas. Entendem de política, de esporte, de arte, manjam muito sobre língua portuguesa e ainda sabem sobre as fofocas!

Outra coisa que estou sabendo é a história da faculdade. Depois dos quinze anos na escola ainda tem que ficar mais quatro estudando. E antes de entrar na tal faculdade tem que fazer e passar em uma prova de vestibular, uma espécie de bicho-papão que assusta gente grande.

Eita! Mais uma novidade, entre o período da leitura dos mais de mil livros, que já cheguei à conclusão que é fundamental, e os quatro anos estudando na faculdade, tem um negócio chamado estágio. Deve ser um bicho e eu ainda nem sei o que esse bicho come, ou como devo me comportar quando encontrar um desse em minha frente. Mas escuto por aí que sem ele não dá pra arrumar emprego.

Vixi! Sem emprego ninguém vai saber que sou uma grande jornalista. E se for assim, minha carreira termina antes mesmo de começar. Não é fácil esse negócio de ser jornalista, mas eu não desisto, quando crescer (e espero que isso demore um pouquinho) é isso mesmo que quero ser!

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Jornalistas e o maldito portunhol

“Espanhol é  fácil”, dizem por aí!

“Espanhol fluente”, faz questão de colocar no currículo!

E a prova disso são vídeos como esse, que apontam a necessidade, ou mais ainda, a urgência do investimento em cursos de idiomas por parte dos futuros jornalistas.

Ou talvez a luta pela inserção do ensino de espanhol nas matrizes curriculares das faculdades públicas e privadas do País.

Não podemos esquecer: estamos no Brasil, país latino-americano, localizado na América do Sul. O idioma espanhol está ao nosso redor. Nessa profissão, é possível que haja necessidade de entrevistar um estrangeiro, ou oportunidades de emprego em outros países podem surgir. E, além disso, já é fato (e contra fatos não há argumentos) que a leitura é indispensável para um comunicólogo. Precisamos buscar informações também em outros idiomas e não ficar à mercê das traduções. Os jornais on-line estão aí para isso, é só acessar e ler!

Não vamos passar vergonha como o nosso colega Iremar Lopes da CNT – Londrina (TV Tropical).

Um semestre de espanhol básico resolveria os problemas desse breve diálogo! Abaixo o “portunhol”! Vamos assumir que espanhol é outro idioma e correr atrás do prejuízo!

O preço de uma verdade

cena do filmeo preço de uma verdade 

internetimagem internetO tema central do filme O Preço de Uma Verdade é baseado na irresponsabilidade jornalística praticada pela Rádio CBS, em 1938 em que foi transmitindo um fato fictício como sendo realidade.

O filme dirigido por Billy Ray trata de diversas questões sobre ética na imprensa através da história de um jornalista fraudulento (Stephen Glass) que passou a escrever para a revista The New Republic, e usou alguns atalhos para a fama: inventou fontes, acontecimentos, personagens e até mesmo histórias inteiras.

Por suas notícias serem inventadas, Glass era o único a cobrir tais eventos. Os editores das revistas concorrentes cobravam de seus repórteres que eles também estivessem cobrindo as mesmas matérias dadas por Glass. Foi este contexto que despertou em Adam Penenberg, da Forbes Digital o desejo de investigar os acontecimentos e chegar à conclusão de que as notícias eram forjadas.

Inevitavelmente o repórter Stephen Glass foi demitido e os seus trabalhos foram investigados, chegando-se à conclusão de que das 41 histórias publicadas nos três anos de atuação, 27 foram parcialmente ou integralmente inventadas.

O glamour que a profissão parece oferecer aos melhores profissionais da área provoca, em geral nos estudantes recém-formados, a vontade incessante de querer fazer sucesso. Para tanto, os profissionais precisam ter ética e responsabilidade jornalística, sabendo definir claramente qual o papel dele perante a sociedade. Ter certeza do fato, fazer uso de fontes seguras e publicar as notícias apenas depois de fazer as checagens necessárias são algumas das atitudes que devem ser tomadas pelos jornalistas que não desejam ter o mesmo fim que a personagem central do filme.

Acima da farsa está a capacidade de encontrar na realidade elementos suficientes para produzir boas matérias, capazes de agradar os leitores e levar o jornalista à fama. O filme portanto trás lições diversas para a compreensão do universo jornalístico e das atitudes que podem arruinar um profissional.

Ambulantes em Salvador: a situação não muda

Ambulantes no centro de Salvador

 

 

Eles ocupam as calçadas e também parte das ruas. Assim, atrapalham a passagem dos transeuntes e automóveis, pois a região é de intensa circulação. A falta de infra-estrutura piora a situação. O movimento começa cedo, tem início às cinco da tarde, quando os vendedores chegam para a montagem dos pontos de venda. O gelo sai de graça, afinal é trazido de casa: água congelada em garrafas pet, posteriormente quebradas no chão ou degraus da escada que também é utilizada como banheiro público. Mas, quem se importa? Após algumas latinhas de cerveja, mais uma vez o senso de limpeza é esquecido, para deleite dos vendedores de churrasco, que sem qualquer norma de higiene, preparam atrativos espetos que serão consumidos.
 

“O pior de tudo é a sujeira que eles deixam”, afirma Elaine Simoni, 22 anos, moradora dos Barris. Já para os moradores de mais idade, o som alto ligado até tarde da noite e a fumaça dos “churrasquinhos” incomodam exaustivamente. “Chego a ligar para o Salvador Atende*, mas quase nunca o problema é resolvido”, conta Maria de Lourdes, 57 anos, aposentada.
 

É fato que os ambulantes atraem grande número de pessoas e movimentam a economia, contudo o ambiente não é adequado para a prática dessas atividades, já que não está fisicamente estruturado e acaba provocando transtornos para a população.

Serviço:

O Salvador Atende é uma ferramenta de comunicação entre o Cidadão e a Prefeitura Municipal do Salvador implantada com o objetivo principal de estimular a população para,  junto com a Prefeitura,  identificar e resolver os problemas de nossa Cidade, através de solicitações de serviços, envio de sugestões, reclamações e críticas. O órgão dispõe de atendimento via Call Center, que atende através do telefone 156.

Quem conhece a Lei 10.639?

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Mais um 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, que já consta no calendário escolar. Falar sobre educação no Brasil e associada a ela tratar da negritude brasileira aponta para a existência, mesmo ante o desconhecimento da maioria, da Lei Federal 10.639 que obriga a inclusão da temática “História e Cultura Afro-brasileira” no currículo oficial da rede nacional de ensino. Tendo em vista a miscigenação, conhecer sobre a África é um processo de autoconhecimento para o indivíduo brasileiro.

Sancionada há 4 anos pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva foi resultado de anos de luta e pressões do Movimento Social Negro. A Lei é um instrumento de combate ao foco eurocêntrico da educação brasileira. A história estudada nas escolas com seus livros didáticos ainda sob a perspectiva do colonizador, contribui para a reprodução de preconceitos raciais e injustiças no sistema educacional.

As escolas têm se mostrado omissas ante o dever de respeitar a diversidade racial.  Os negros, nas publicações, sempre aparecem de forma estereotipada. São subservientes, inferiores e dotados de incalculável força física que é excelente para o trabalho braçal que desempenhavam como escravos.

A Lei visa a luta contra o preconceito através de uma educação inclusiva e não etnocêntrica. Contudo, a realidade dos professores não contribui para a concretização da Lei. Eles não apresentam conhecimento sobre história e cultura afro-brasileiras nem experiência com questões étnico-raciais para ministrar as aulas. Dessa forma, surge a necessidade de implementar uma reforma nos programas de ensino dos cursos de graduação, fundamentalmente os de licenciatura.

Celebrar o 20 de novembro significa promover na educação a real aplicação da Lei 10.639, independente das medidas que sejam necessárias, fazer o justo reconhecimento e valorização da população afro-brasileira, ressaltando seu valor na formação da sociedade nacional;  e resgatar a história autêntica desse povo que, ao contrário do que se prega nos livros, possui e sempre possuiu valores morais e ideológicos.

Áfricas no Vila

 Teatro vila Velha

A peça infanto-juvenil Áfricas, encenada pelo Bando de Teatro Olodum, está em cartaz no Teatro Vila Velha e merece ser vista por jovens e adultos. 

As histórias da cultura da África e de outras Áfricas, como aquelas existentes no subúrbio de Salvador são contadas todos os sábados e domingos às 16 horas.

Aquecimento global pauta debate

III Conferência Jaime Wright 

A 3ª edição da Conferência Jaime Wright discutiu uma temática relevante para toda a população mundial: a questão do meio ambiente.

O tema discutido na última quinta-feira, 26/10/2007, foi o aquecimento global e o futuro do planeta. Composta por três palestrantes de diferentes partes do Brasil; de Brasília, Josana Lima, a representante do MMA; do Rio, Neilton Fidelis, do Ministério da Ciência e Tecnologia e para representar a Bahia, Sérgio Costa Pinto – superintendente do Ibama.

Confira o trecho de uma entrevista concedida, após a conferência, pelo Dr. Neilton Fidelis, que é assessor da Secretaria Executiva do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (UFRJ) e representou o  IVIG – Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais.

Cinema e jornalismo

 cena do filme

O filme dirigido por Alan Pakula não é simplesmente mais que um filme sobre jornalismo, mas sim, um retrato do jornalismo. Diferente da grande maioria dos filmes que envolvem a temática, “Todos os Homens do Presidente” não usa a história de um romance como um fio condutor. Pelo contrário, conta a história do maior escândalo acontecido nos Estados Unidos e a progressão das investigações feitas pelos jornalistas até a resolução do caso.

Durante o decurso das cenas, por conta da grandiosidade do caso Watergate, que ocorreu na década de 70, no mandato do presidente Richard Nixon, a dupla de jornalistas, Bob Woodward e Carl Bernstein, se depara com inúmeros impasses. Portanto vale à pena ser visto pelos estudantes de jornalismo que desejam uma injeção de ânimo, tendo em vista a dificuldade da aquisição de informações, a quantidade de fontes que fornecem dados, porém não autorizam a divulgação de seus nomes por conta do medo e a busca pela verdade.

A redação mostrada no filme é a original do jornal americano The Washinghton Post e as cenas que a possuem como parte integrante representam a rotina dos jornalistas: datilografar em máquinas, apurar fatos, investigar como detetives, buscar a notícia. A película não desvia do foco. Mostra cenas reais e históricas do evento, além de dicas preciosas sobre como se deve fazer um bom jornalismo. Outro elemento presente no longa é o etnocentrismo americano, concebido pela cena onde nenhum membro da redação sabe falar espanhol.

Baseado no livro de título homônimo mostra a seqüência de situações onde dois jornalistas escrevem juntos sobre um grande acontecimento, numa atmosfera extremamente competitiva. Ainda assim o importante não é como a história termina, pois todos já sabem, mas sim os mecanismos utilizados pelas personagens até desvendarem todos os fatos. Ou seja, o filme, através de seu roteiro, se configura muito mais como uma aula de jornalismo investigativo que como um objeto de entretenimento.

Hispanidade para os brasileiros

hispanidade 

O dia da Hispanidade ou Festa Nacional da Espanha é comemorado no dia 12 de outubro. Nesta data é feriado na Espanha e em vários países da América Latina, incluindo Cuba.

Atualmente, no Brasil (onde se festeja na mesma data o dia de Nossa Senhora Aparecida e o dia das crianças – este fortemente explorado pelo comércio) ocorrem poucas manifestações relacionadas ao episódio, com raras exceções, como o município de Santos.

Contudo, estima-se que dentro de poucos anos os brasileiros passem a festejar essa data com mais força. O fato é que a lei n° 11.161/05 obriga o oferecimento do idioma espanhol pelas instituições de ensino públicas e particulares como disciplina optativa para jovens do ensino médio. E pela lei, as escolas do Brasil têm até 2010 para ajustar seus currículos à inclusão da língua espanhola.

Além do Dia da Hispanidade, comemora-se também no dia 12 o “descobrimento” da América, que está completando 515 anos. Foi nesta mesma data no ano de 1492 que o navegador genovês Cristóvão Colombo chegou ao arquipélago de Bahamas, próximo a América Central.
 

 Saiba mais sobre o assunto:

* Aprende Brasil

* Comemoração em Santos– SP

* Debate em Cuba

Medo: uma ciranda sem fim

Ciranda do Medo, peça teatral infanto-juvenil atualmente em cartaz no Teatro Vila Velha, aponta o fato de o medo ser um sentimento que produz ciclos viciosos que estão presentes na vida de todas as pessoas, através de uma espécie de fábula, com mais de 30 crianças em cena.

 

Pragmaticamente o ser humano está sempre cercado por seus medos: medo do escuro, medo de altura, medo da mentira, medo da verdade, medo de avião, medo da violência, medo do bandido, medo da polícia, medo da solidão, medo da multidão, medo de não casar, medo de perder o emprego, medo do governo, medo da morte, medo da vida…

 

Para a psicologia, essa formação provém do período da  infância. Os meios de comunicação são capazes de inferir na concepção do imaginário infantil coletivo, disseminando o medo sob diversas formas. São divulgadas, através da mídia, apreciações fundamentadas na violência e na propagação de conceitos que são refletidas  no comportamento das crianças.

 

O medo infantil, tende a desaparecer com o tempo, contudo, quando em proporções exageradas, podem perdurar até a maturidade, evoluindo para uma fobia. Esses medos não são fruto, necessariamente de uma vivência, mas da observação. Por isso os meios de comunicação possuem grandes chances de influenciar crianças, criando e ampliando seus medos.

 

Confira também:

Apenas dois medos nascem com a gente

Vestindo a camisa

cartaz do filme

 “Argumente bem e nunca estará errado”, “Não é preciso convencer seu opositor, e sim o público”, essas são algumas das mensagens transmitidas pelo filme Obrigado por fumar, dirigido por Jason Reitman. Estratégias de assessoria de imprensa mais uma vez podem ser conferidas na telona. Vestir a camisa, “vender” uma boa imagem e defender seus interesses são os fundamentos básicos para quem deseja ser o porta-voz de qualquer empresa. O problema é quando a empresa na qual você trabalha prejudica diretamente a vida das pessoas, como a indústria das armas, a indústria do álcool ou a do cigarro.

Nesse contexto, a oposição feita é: fidelidade à empresa versus a responsabilidade social. Onde se localizar e como se comportar para obter êxito profissional e, ao mesmo tempo, não sentir-se culpado?

A falta de ética de Nick Naylor, personagem principal do longa,  que é um lobista,  entra em conflito na trama quando o assunto é sua imagem pessoal diante do filho de 12 anos. Em seu desafiador trabalho, precisa articular argumentos para a mídia, defendendo publicamente a indústria do tabaco, e em algumas lições explica a seu filho como desempenha sua profissão. Define-se como “um mediador entre dois setores da sociedade que querem entrar em acordo”, e diferencia os conceitos de argumentação e negociação; ressaltando sempre que não precisa ser o melhor, mas ter boa propaganda (que faz parte da comunicação empresarial).

A manipulação é a principal arma utilizada por um relações públicas. No filme, o lobista é um capitalista incansável que precisa impedir medidas anti-tabagistas, propostas por um senador, que visam diminuir o consumo do cigarro estampando indicativos de veneno nas embalagens. Ele influencia a tomada de decisão pública e o faz de maneira tão convincente que, mesmo defendendo uma empresa que através do seu produto mata 5 milhões de pessoas por ano, consegue cativar os telespectadores.  

 Confira também:

Causo de um lobista!

Thank you for smoking

Direitos dele… Ou dela

Para a psiquiatria: transexualismo, uma doença (CID-10) denominada de transtornos de personalidade da identidade sexual. Para a ciência: neurodiscordância de gênero, uma questão neurológica que envolve um transtorno na identidade de gênero.

De acordo com o médico Luiz Salvador, membro do Conselho Federal de Medicina (CFM), na espécie humana, é impossível transformar um macho em fêmea ou vice-versa. No caso o que ocorre é a mudança do gênero (masculino–feminino) para adequá-lo à identidade psicossexual da pessoa e de ajustar o corpo àquela identidade civil. 

O fato é que na esfera jurídica, baseado no artigo 5º da Constituição Federal, entende-se que é livre a orientação sexual dos brasileiros. O artigo 199 menciona que: “…A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento…”.

A Legislação Brasileira  permite implicitamente a prática da cirurgia transgenital, bem como ser perfeitamente possível retificação do nome e do sexo do interessado. “Será admitida a mudança do prenome mediante autorização judicial, nos casos em que o requerente tenha se submetido a intervenção cirúrgica destinada a alterar o sexo originário.”

A questão jurídica implica em diversas esferas da vida das pessoas que passam pela mudança de gênero. A mudança do nome pode trazer consigo agravantes em relação a casamento, herança, entre outros.

Para a realização de procedimentos de transgenitalização e outras intervenções, o Conselho determina um período de dois anos de acompanhamento psicológico, clínico e de assistência social para todo os candidatos. Além disso, é necessário ter mais de 21 anos e um diagnóstico de transexualismo que exclua outros transtornos de personalidade.

Para o Ministério Público Federal, que moveu uma ação contra a União, possibilitar a cirurgia para transexuais pelo SUS é um direito constitucional, que abrange princípios do respeito à dignidade humana, à igualdade, à intimidade, à vida privada e à saúde.

Sem preconceito

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Próximo dia 9, logo após o feriado nacional de 7 de setembro, acontece o ápice da festa GLS no estado: a Sexta Parada Gay da Bahia.

De acordo com o GGB a cidade soteropolitana receberá 900 mil visitantes no fim de semana do feriadão e, portanto terá chances de bater recordes, mais uma vez, em relação aos anos anteriores.

No bairro do Garcia, próximo ao local onde acontece a parada, localiza-se o Beco dos Artistas, que durante o ano inteiro abriga a festa do público GLS. A viela é um antigo reduto dos artistas e intelectuais de Salvador. Com mais de quarenta anos de funcionamento, hoje se amplia a todos os tipos de público. O Beco dos Artistas, além de entreter, se firma, também, como um espaço alternativo onde são feitas campanhas pela luta contra a homofobia.

A liberdade que o ambiente oferece na hora de paquerar é um dos motivos que o consagra como um dos principais points gays da cidade. “Ficamos à vontade. Tem barzinho para namorar, para dançar e para conversar. A localização conta também. Outros locais ficam mais distantes e são mais caros.”, comenta Danielle Araújo, 27, freqüentadora do local. Contudo, apesar dessa “liberdade”, nos sentimos como se o ambiente forçasse um “apartheid de opção sexual” afirma, já que não são vistos muitos heterossexuais solteiros se divertindo no beco.

A população heterossexual conservadora é resistente ao B.A., como é conhecido o local pelos freqüentadores, mesmo com tantos anos de funcionamento e das lutas contra a homofobia. Ailton Rodrigues, proprietário de um dos bares, conta que ainda hoje são comuns ações contra o funcionamento do Beco dos Artistas, por ser um reduto gay. “Tivemos que colocar uma espécie de cortina no teto, pois jogam pedras aqui”, relata.

O maior atrativo do B.A.é uma boate que cobra uma taxa simbólica entre um e três reais, a depender do horário de entrada. É mais uma opção de entretenimento para quem vem ao Beco. Com direito a go-go boys, go-go girls e performances de drag queens. A concorrência entre os bares faz do lugar palco de boas ofertas a baixo custo e variedades. Os donos dos estabelecimentos apostam nos bons serviços oferecidos, em ambientes agradáveis e shows, além disso, não são cobradas consumações mínimas.

Estação da Lapa em conserto e concerto

Estação da Lapa (27/08/2007)

A Estação da Lapa de Salvador está passando por novas obras. É possível encontrar uma placa indicando a natureza da reforma: DESOBSTRUÇÃO DE MICRO DRENAGEM.


O som provocado pelos equipamentos que são utilizados para o “conserto” no terminal da Lapa estão gerando outro tipo de “concerto”. O trabalho começa logo cedo e vai até o pôr-do-sol. Acontece, inclusive, aos domingos. São horas e mais horas ininterruptas de muito barulho que ampliam consideravelmente a poluição sonora (que já não é pouca) no local.
Uma britadeira, como a que está sendo usada na obra, produz um ruído em torno de 100 decibéis, e de acordo com a OMS, o nível de ruído recomendável para a audição é de até 50 decibéis (dB). Aliado ao barulho emitido pelos ônibus, apitos, buzinas, vendedores ambulantes e uma escavadeira, as obras na Estação estão causando transtornos para os passageiros que têm a Lapa como opção de transbordo, além estarem incomodando os comerciantes e os residentes da vizinhança durante todo o dia.
A exposição por muito tempo a altos volumes não causa somente o incômodo, mas configura-se como uma questão ainda mais séria. De acordo com o site do Senado Federal os efeitos negativos da poluição sonora nos seres humanos são:
 
• distúrbios do sono
• estresse
• perda da capacidade auditiva
• alteração do humor
• irritabilidade
• aumento da freqüência cardíaca
• surdez
• zumbido no ouvido
• distúrbios digestivos
• falta de concentração
• pressão alta
• dor de cabeça
• fadiga
• alergias
 

Confira aqui mais exemplos de ruídos comuns medidos em decibéis.

Pintando novos rumos…

Novos rumos

Começando agora – de verdade – meu novo semestre.

Matérias novas na faculdade…

Jornalismo digital

 Interessante, muito interessante. Vou gostar disso.

Minha primeira tarefa é fazer um blog e aqui estou eu. Tenho uma certeza: serei mais assídua. [rsrsrs]

Vixiiiii… O teclado aqui na facul tá péssimo… Sem parênteses, sem exclamação… Puxa, eu gosto tanto de exclamações…  

Ó paí ó os evangélicos…

Luciana Souza

O filme Ó paí ó, da diretora Monique Gardenberg, que estreou no cinema no dia 30 de março de 2007, baseado na peça homônima encenada pelo Bando de Teatro Olodum expõe uma área pobre, que não está nas imagens dos cartões-postais da cidade (mas por trás deles), nem tampouco aparece na televisão.

O longa apresenta uma forte mensagem social: o crime cultural, onde evangélicos se utilizam da ignorância do povo para tentar acabar com as expressões da religião africana, o candomblé.

Confira aqui o que disse Arnaldo Jabor sobre o filme, aproveitando para “xoxar” os evangélicos!

São inúmeras igrejas evangélicas pregando conceitos inadequados e manipulando as mentes dos seus fiéis. Ainda estão usurpando dinheiro dos praticantes.

É uma engrenagem para produzir lucroooooo!

 

Ah! Veja também o video do  pastor Edir Macedo ensinando a fazer “grandes negócios” nas igrejas (leia-se tirar dinheiro do povo)…  

 

ENCONTRO

imagem de autor desconhecido

No instante em que te vi pela primeira vez

Não sei… Não tem explicação…

Já não pude mais acreditar na solidão

Seu olhar no meu

Meu olhar no seu

Coração

Encontros, desencontros…Verdade!

Hoje, amanhã… Saudade!

Onde está você?

Não me deixe aqui

Partir?

Eu, Você… Por quê?

Não posso te perder.

Agora, justo agora, que te encontrei…

E sei que é você.

 

 

Suicídio Afetivo

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No livro Mamíferos, de Pierre Mérot (tradução de Eduardo Brandão), que estava olhando essa semana, mas não tive paciência de ir até o fim, li sobre a existência do suicídio afetivo…

Talvez eu já tenha vivido isso, ou você, não sei! Mas… Sabe quando vc se depara com uma frase que lhe soa tão bem que vc faz questão de sublinhar no seu exemplar? Foi exatamente isso que me aconteceu.

Segue o trecho que foi irresistivelmente sublinhado por mim:

“O suicídio afetivo consiste, pois, em ficar por muito tempo com um ser que nos dá pouquíssima satisfação”

Como somos capazes de aceitar tamanha idiotice de ficar ao lado de quem não gosta, ou que gosta mas a outra parte não gosta?

É… Para mim só há essa opção para que o resultado seja “pouquíssima satisfação”: estar com outra pessoa, sendo que vc ou ela não esteja afim do relacionamento. Leia-se não gostar mais.

Sempre digo às minhas amigas e a mim mesma que só vale à pena manter um relacionamento se vc tem mais momentos bons que momentos ruins. Ou seja, se vc está mais triste que feliz… Hora de dar um basta!

Uauuuuu! Estou me sentindo quase uma conselheira amorosa! hahaha

Melhor parar por aqui…

Um beijo!

E nada de suicídios afetivos, ok?!

Puxaaaa… Já?!

 

Ó paí ó! Perdi a graça! Esta foi a décima pessoa que convidei para ir ao cinema comigo este final de semana. Todos já haviam assistido ao bendito filme. Eu desisto.  Será que sou eu que não estou acompanho a rapidez com que as coisas se propagam hoje em dia? Estarei ficando velha? Não pode ser! 

O pior de tudo é que odeio ir ao cinema sozinha. Acho tão chato. Parece coisa daquelas solteironas que vão à caça desesperadamente ou então coisa de seres que não conseguem viver em sociedade e fazer amigos. Me acho tão sociável… 

O que fizeram com o encanto das estréias? Como ficarão as tardes de domingo que não costumam ter nenhuma graça? Assistir o filme que acabou de ser lançado em casa é matar todo o encanto da sétima arte. Eu não admito! E, além disso, minhas quatorze polegadas não conseguem me envolver como fazem as telonas. Ali sim. Me sinto dentro da película. Sou mocinha, sou bandida! 

De quem é a culpa? Difícil responder. Mas eu preciso responsabilizar alguém por essa atrocidade. Quero uma indenização pela perda do meu lazer. Eu mereço!  

Serão os cambistas os culpados? Não posso fazer isso com eles. Estão tentando ganhar dinheiro, só isso. E essa foi a melhor oportunidade. Fora isso, ainda precisam escapar da chegada do rapa. 

Já sei: os donos dos cinemas. Só podem ser eles que cobram os olhos da cara por duas horas de reprodução, em uma sala sem luz, que nem todo mundo pode pagar. Comprando um dvd pirata paga-se muito menos que um bilhete de entrada no Mutiplex e toda a família se diverte. Mas eles também estão trabalhando, além de se sentirem tão lesados quanto eu. E há quem possa pagar pelo luxo do shopping. 

Ah! Agora descobri. A culpa é dos meus amigos. Tolos. Não sabem o tanto de emoção que estão perdendo ao comprar esses filmes para assistir
em casa. Garanto que eles não fazem nem pipoca. Nem fecham as cortinas para não deixar que a luz entre. Pudera! Depois não venham me dizer que o filme não presta!

Amarga despedida

Por que despedidas têm que ser tão tristes?

A luz apagou, a cortina fechou…

Encerra aqui mais um capítulo da sua vida!

Virão outros, não necessariamente menos belos, mas todos com uma ponta de tristeza do ponto de vista do meu coração. Isso não posso evitar.

Eu fico aqui na página virada, encoberta. Mas nunca esqueça do pedaço do meu coração que levou contigo!

As lágrimas são de tristeza, mas também de profunda alegria.

É ambíguo o que sinto. Nem mesmo eu posso entender.

Feliz?

Muito! Por saber que outras pessoas poderão ver sua estrela brilhar e se encantarão como aconteceu comigo um dia.

Triste?

Sim. Negar esse sentimento fere minha alma, meu ser.

Torço pelo seu sucesso e acima de tudo sua FELICIDADE.

Quero ver seu sorriso sempre brilhando e iluminando quem possa te rodear!

Torço simplesmente por você.

Minha dor, que aqui fica não diminui por isso.

Mas estou certa que você merece… Aliás… Merece muito mais… Nem com todo meu amor… Acho que não posso imaginar!

Com você aprendi outras coisas que a vida ainda não havia mostrado.

E hoje sabe que tem uma missão. Irá cumpri-la para que quando volte possamos rir das lágrimas de um nobre sentimento chamado saudade!

“Amo-te!”

 Eternamente e independente de barreiras físicas ou espaciais. Nem o tempo será capaz de apagar! AMIZADE. Sentir é muito mais fácil que explicar!

Poetas enfrentam dificuldades com divulgação

Os poetas clamam pela poesia “nos lares, nos bares, em todos os lugares”. No Bêco de Rosália, point boêmio dos intelectuais localizado no bairro dos Barris, em Salvador, encontros entre escritores são regados a recitais que encantam o ambiente.

 

Douglas de Almeida, poeta e também diretor da Biblioteca Betty Coelho, participa dos recitais e explica que usar a oralidade é uma estratégia para divulgar o trabalho. Ele aponta dois graves problemas relativos à propagação da poesia – o mercado e as castas formadas no meio literário.

 

Com relação ao mercado, segundo a Câmara Brasileira do Livro, enquanto em países como a França as pessoas lêem, em média, sete livros por ano, no Brasil esse número não chega a dois. Além do baixo nível de leitura, em todo o país são apenas 700 livrarias. Ou seja, existem mais livrarias
em Buenos Aires que no Brasil inteiro.

 

As castas, às quais se refere Douglas, funcionam como forma de hierarquizar rigidamente os poetas. Assim, muitos talentos não encontram espaço para divulgar seus trabalhos, a exemplo de Abdon Mendes, de 25 anos que é estudante do curso de Letras e escreve poesias desde os 15, quando ainda estava no ensino fundamental. Não tem livro publicado, mas já possui cerca de 800 poemas. “Não digo precisamente, pois poesia não pertence às ciências exatas”, brinca o jovem poeta.

 

Em contrapartida, grupos fechados que envolvem os escritores já consagrados, conseguem financiamentos junto às Secretarias do Ministério da Cultura e continuam pertencendo à classe que se considera dona da arte de escrever poesias. “Não me iludo com expectativas dantescas”, reflete Abdon sobre perspectivas de publicação.

 

Douglas de Almeida acredita seja necessária uma mudança no cenário literário do nosso país, “É preciso reconhecer que a arte é para todos, democratizá-la. A arte é inerente à classe social.”.

Filtro solar!

Estes dias estava fazendo algumas buscas no Youtube e não resisti a procurar o clipe da música Filtro Solar narrada pelo Pedro Bial.

Gente, o texto é muito bom…

Vou deixar aqui o que acho de mais interessante.

Muitas coisas bacanas para refletir um pouquinho!

A versão completa pode ser conferida aqui.

Agora vai a minha seleção:

Beijos…e usem o filtro solar!

Ótima semana!


Filtro solar!
 
Nunca deixem de usar o filtro solar
Se eu pudesse dar só uma dica sobre o futuro
seria esta: usem o filtro solar!
Os benefícios a longo prazo do uso de Filtro Solar
estão provados e comprovados pela ciência,
Já o resto de meus conselhos não tem outra base
confiável além de minha própria experiência errante.
Mas agora eu vou compartilhar esses conselhos com
vocês...
 
Aproveite bem, o máximo que puder, o poder e a beleza da juventude.
Ou, então, esquece... Você nunca vai entender mesmo o
poder e a beleza da juventude até que tenham se apagado.
 Não se preocupe com o futuro.
Ou então preocupe-se, se quiser, mas saiba que
pré-ocupação é tão eficaz quanto mascar chiclete para tentar 
resolver uma equação de álgebra.
Cante.
Não seja leviano com o coração dos outros.
Não ature gente de coração leviano.
Não esqueça os elogios que receber.
Esqueça as ofensas.
Se conseguir isso, me ensine.
Guarde as antigas cartas de amor.
Jogue fora os extratos bancários velhos.
Talvez você case, talvez não.
Talvez tenha filhos, talvez não.
Talvez se divorcie aos quarenta, talvez dance ciranda em suas bodas de diamante.
Faça o que fizer não se auto congratule demais, nem seja severo demais com você,
As suas escolhas tem sempre metade das chances de dar certo,
É assim para todo mundo.
 
Dance.
Mesmo que não tenha aonde além de seu próprio quarto.
Leia as instruções mesmo que não vá segui-las depois.
Não leia revistas de beleza, elas só vão fazer você se achar feio.
Dedique-se a conhecer seus pais. É impossível prever
quando eles terão ido embora, de vez.
Seja legal com seus irmãos. Eles são a melhor ponte com o seu passado 
e possivelmente quem vai sempre mesmo te apoiar no futuro.
Entenda que amigos vão e vem, mas nunca abra mão de uns poucos e bons.
More uma vez em Nova York, mas vá embora antes de endurecer.
More uma vez no Havaí, mas se mande antes de amolecer.
Viaje.
Aceite certas verdades inescapáveis:
Os preços vão subir, os políticos vão saracotear, você também vai envelhecer.
E quando isso acontecer você vai fantasiar que quando
era jovem os preços eram razoáveis, os políticos eram decentes,
E as crianças respeitavam os mais velhos.
Respeite os mais velhos!!
E não espere que ninguém segure a sua barra.
Talvez você arrume uma boa aposentadoria privada.
Talvez você case com um bom partido, mas não esqueça
que um dos dois de repente pode acabar.
Não mexa demais nos cabelos se não quando você chegar
aos 40 vai aparentar 85.
 
Cuidado com os conselhos que comprar,
mas seja paciente com aqueles que os oferecem.
Conselho é uma forma de nostalgia.
Compartilhar conselhos é um jeito de pescar o passado
do lixo,
esfregá-lo,
repintar as partes feias e reciclar tudo por mais do
que vale.

 

Dia Nacional da Poesia

Não posso deixar de registrar.. o dia nacional da poesia… e para celebrar, nada melhor que:

  

TEUS OMBROS SUPORTAM O MUNDO

Chega um tempo em que não se diz mais: Meu Deus.

Tempo de absoluta depuração.

Tempo em que não se diz mas:Meu amor

Por que o amor resultou inútil.

E os olhos não choram.

E as mãos tecem apenas o rude trabalho.

E o caração está seco.

E em vão mulheres batem à porta,

não abrirás,

Ficaste sozinho,

a luz apagou-se,

Mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.

És tudo certeza,já não sabes sofrer.

E nada espera de teus amigos.

Pouco importa venha a velhice,que é a velhice?

Teus ombros suportam o mundo

E ele não pesa mais do que a mão de uma criança.

As guerras,as fomes,as discurssões dentro dos edifícios

Provam apenas que a vida prossegue

E nem todos se libertam ainda.

Alguns achando barbaro o espetáculo

Preferiram (os delicados) morrer.

Chegou um tempo em que não adianta morrer.

Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.

A vida apenas,sem mistificação.

(Carlos Drummond)

Carnaval

Chegou ao fim mais uma grande festa em que não só Salvador pára, mas o mundo todo!

Para minha cidade, seis dias de folia e mais um de arrastão… Em pouco tempo acho que o carnaval vai durar todo o mês de fevereiro. Será?

Olhar atento a todos os lances. Tive a oportunidade de conversar com representantes de várias regiões brasileiras, sotaques diversos, rostos infinitamente diferentes… Anônimos e famosos, na diversidade das suas características buscavam exclusivamente a diversão. (Ou a promoção? Fica a dúvida!).

Mas não vamos achar que nestes dias de folia as pessoas pararam de pensar. Muita gente desenvolve trabalhos interessantes nesse período. Contatos são feitos, cartões trocados e quem sabe alianças bem-sucedidas que não vão esperar o próximo carnaval.

As cordas ainda resistem, os cordeiros não deixam a massa aproximar-se da elite. Não há camarotes e carros de apoio para todos. Fica a promessa de melhorar o carnaval nos bairros e ampliar a quantidade de camarotes (leia arquibancadas) populares.

Enquanto não chega a próxima edição da maior festa de rua do planeta, vamos voltar à vida real, sem o Asa, Jammil, Ivete, Chiclete, mas com muitos Babados!Bjos!  

Atrocidades

É com muita dor que começo a escrever hoje.

Gostaria realmente de saber o que está havendo com o mundo. Meu Deus! Sim, deixem que eu chame ou clame por Deus, pois já não tenho forças em meu próprio nome. Que impulso é este que toma conta das mentes humanas e faz com que barbaridades como o caso do garoto Diego Nascimento Silva aconteçam.

Não posso deixar de comentar que diante de crimes desta natureza, muitos logo comentariam que o tal garoto merecia uma pena de morte e se possível igualzinha. Mas nunca levamos em consideração se o  “bandido” fosse alguém da nossa família. Pediríamos por proteção? O pai de Diego demonstrou ser alguém que ainda acredita na justiça e ajudou a encontrar seu próprio filho.

São fatos desse nível que nos fazem pensar muito antes de colocar um filho no mundo ou em escala menor, em colocar os pés fora de casa nos dias de hoje. Podemos a qualquer momento nos deparar com pessoas capazes de tamanha tirania.

Mas não podemos deixar de viver. E é nosso dever refletir sobre essas questões. Não vamos deixar o esquecimento tomar conta. Discutir, questionar para quem sabe encontrar, não digo soluções, mas ao menos explicações mais coerentes. 

Internetês

“Vc deve tah ligadu na nova forma de comunicação da galera! Vixiii… Naum tah entendendu nda? Aff! Tem q se ligar urgente pq td agora iskrevi axim”.

É o que se pode chamar de dialeto. Uma variação do português que é utilizada pelos jovens internautas. Não exige curso especial, e sem dúvida as pessoas que não fazem parte da tribo apresentam, muitas vezes, sérias dificuldades de compreensão e ficam sem entender as mensagens dos companheiros.

Nos e-mails, salas de bate-papo e blogs, o internetês já tomou conta. Os usuários não têm preocupação com a gramática ou ortografia. Acento é coisa rara na “net” (apelido carinhoso da internet) e a pontuação também não tem mais tanta relevância.

Muitos vocábulos possuem variantes inúmeras. Para mandar um beijo é comum ver diversas formas de escrita: bjo, bjoka, bjaum, bjux, bjú, bjim ou a seqüência [:*]. Em nome da praticidade associada à internet, palavras ou expressões são encurtadas, como por exemplo: porque transformou-se em “pq” e final de semana virou simplesmente “finde” ou “fds”.

Quem está ingressando no mundo virtual deve ficar atento às características do internetês. A oralidade exerce forte influência, É comum, por exemplo, a substituição da vogal O pela U no final das palavras, como em “comendu”, “dormindu”, “vamu”; e a troca do CA ou QU por uma K: kra, ksa, kero, aki. Já a letra H funciona como um acento agudo: ateh, tah, jah.

O domínio da técnica vem somente com a prática e o uso da imaginação. O treino da nova forma de escrita permite que todos façam uso do internetês. Sabendo que informática está em alta na contemporaneidade e essa é a realidade dos textos lançados na rede, “tvz daki a poko vc precise add o internetês ao seu currículo”.

“Fike tranqüilo, pq o processo de aprendizagem lingüística é cumulativo, ou seja, ninguém vai eskecer o bom português”.

Verdade. Ah, como dói!

Acordei com um pensamento fixo, mas tão fixo que arriscaria qualificá-lo como digno de uma psicótica, com base nas minhas remotas aulas de psicologia e conscienciologia.

Passaria aquela segunda-feira inteira só falando a verdade. Segunda-feira sim. Não poderia ser outro dia. Pior que ela (fogem a esta regra apenas aquelas em que temos um bom incentivo para viver) só mesmo domingo à tarde, em que reina o mesmo silêncio que serve de prenúncio das grandes tempestades.

Nas relações interpessoais tudo começa com um “Bom dia!” acrescido de “Tudo bem?”, que eu respondo prontamente sem tirar meus óculos escuros e sem medir a estranheza que poderia causar.

– Tudo péssimo. Tive uma noite terrível e quase não dormi. Despertei com o som do meu vizinho que reproduzia, em altíssimo volume, um cd pirata de arrocha do pior nível e ainda deparei-me com uma enorme espinha na ponta do nariz que fui obrigada a esconder com este ridículo band-aid – infantil- o último da caixa do meu irmão caçula.

Aquilo causou, digamos que, um pouco de repulsa, e talvez por isso não tive resposta. Ou será que simplesmente meu ilustre colega de sala achou que eu respondi o cotidiano, “Tudo bem!” que funciona em qualquer ocasião? Fico ainda na dúvida. A mecanização pode já ter afetado seu cérebro.

A situação se agravou quando veio a professora. Havia passado um texto de dez páginas, com o qual havia perdido meu precioso tempo lendo, em lugar de destiná-lo à leitura do tão criticado pelos intelectualóides, Paulo Coelho, que eu considero muito mais interessante. Por ironia do destino ela resolveu perguntar o que havíamos achado do maldito texto e eu tive de manifestar minha opinião. Dois ou três outros já haviam respondido exatamente aquilo que a mestra gostaria de ouvir. Ela não se deu por feliz e voltou-se para mim. Não fiz o mesmo. Não tinha a mesma opinião que eles. Defini o texto como chato, irritante, tacanho, de visão curta, entre outros belos adjetivos. Nem pensei que aquilo pudesse afetar minha passagem para o próximo semestre. Teria que me garantir caso fosse necessário.

No decorrer do dia apenas tive situações mais e mais complicadas.

Sabe a tia gorda existente em toda família? Justo hoje resolveu nos visitar. Vem com aquele papo de que está investindo em uma nova dieta e pergunta, justo a quem, se acha que ela está mais magra? A mim. Só poderia ser. Fui mais uma vez bem verdadeira e expliquei que diante de tanta gordura não poderia identificar os 500 gramas perdidos. Pela cara que fez, acho que não gostou. Então para que a pergunta? Apenas para se enganar? Ah! Não admito mais isso.

Saí daquele ambiente hostil e fui para o computador. Por fim conclui que se não podia manter uma conversa fundamentada na verdade nem com nossos parentes, muito pior seria no universo virtual, onde o grau de mentira é elevado ao extremo por conta da impessoalidade. Torna-se ainda mais fácil para eles e difícil para mim. Não tolero, não hoje.Veio a noite e me levou para fora de casa. Tinha um compromisso, digo, mais especificamente um encontro. Estava marcado há séculos e não pude deixar de ir, mesmo com receio das conseqüências da minha súbita mania de verdade.A conversa estava a cada instante mais séria. Não era legal de minha parte ser tão verdade e razão com aquele garoto passional que desejava ouvir juras que não sairiam da minha boca. Vinha dele um sentimentalismo tão forte e repleto de promessas tolas, que não pude suportar. Chegou uma hora que tive de dizer adeus.

Voltei para casa. Não dava para conversar com mais ninguém. Eu havia chegado ao limite. Limite da verdade. Não era possível manter um diálogo, pois as pessoas se machucavam. O mundo quer ouvir mentiras ou no máximo, meias verdades. Descobri isso hoje. E juro daqui em diante nunca mais falar somente a verdade. Aprendi a mentir para fazer feliz. Talvez esteja imprimindo aqui a minha primeira dose de mentira consciente.

 Print da página da F2J

Essa crônica me deu o segundo lugar do I Concurso de Crônicas Jornalísticas promovido pela F2J!

Confira aqui os textos da 1ª e  3ª colocadas.
 

Domingo

Aff!!!Domingo…Qual o mistério deste dia? Existe dia pior? Alguns podem escolher a segunda-feira (pela manhã!). Mas não estou certa. Ainda não. Para mim vence o domingo!O dia começa com o Globo Rural e só termina com o fantástico Fantástico.  Para completar, neste período do ano até formação de paredão no BBB acontece em dias de domingo. Ah!! Faustão e Gugu persistem durante a tarde na eterna disputa pela audiência do maldito domingo. O Pânico na TV salva o besteirol com um pouco de humor e crítica.  Mas eu não sou fã de televisão. No jornal impresso a Revista da TV, com os resumos das novelas, é responsável por uma parcela gorda da tiragem. Tudo gira em torno da televisão. Não existe ânimo para sair, para produzir algo interessante. Já se foi o tempo dos domingos nas casas dos avós, família reunida. O máximo que acontece é uma reunião familiar pelo msn. Ops… uma NÃO reunião, já que os membros não se falam. E sorvete? Será que domingo ainda é dia de tomar sorvete? Já não sei. Só tenho uma certeza, é um dia em que as pessoas ficam tristes. Deve ser o silêncio (para quem mora em lugares como eu…que morrem nos finais de semana e feriados) , ou o barulho ensurdecedor (para aqueles que são obrigados a ouvir tudo aquilo que não desejam)…Não chego a uma conclusão do motivo exato! Nem sei se quero chegar. Os domingos continuam assim… chaaatos!Definitivamente, domingo: O dia do tédio!!!

Enigmas…

Estarei aqui a partir de hoje tentando decifrar as proposições obscuras da vida…

Quero fazer isso através de reflexões sobre fatos cotidianos que envolvem a todos nós, meros mortais.